segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Ode ao Ahrmagenedom

És da morte cavaleiro, porta voz e senhor
Carne crua e podre ainda a viver entre nós
Em tua palavra veneno traduzido em terror
Em nosso espanto cegueira a calar nossa voz

Se é normal o País no exercício do escambo
abrir os seus portos pra que mais lhe convém
É normal um poder, com a honra aos molambos
Qual um ser mais vulgar, ajoelhar-se aos vintens

Vem do átomo puro, do urânio enriquecido
um poder que lhe legitima, mantem e castiga
Uma bomba na mente de um povo oprimido
Hecatombe iminente que seu ódio instiga

Ao negar os seus Gays, suas putas e o holocausto
Tornam-se cegos os seus olhos sem lei
Faz-nos cumplices do seu mando nefasto
Subalternos mortos de um reinado sem rei.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Um filho do Brasil

Brasil, que patria matria és mãe servil
A cujos filhos o teu nome deu
Se não escolhes quem de ti saiu
A quem puxou este teu filho ateu?

Foi do mar, foi do rio, ou das matas e do céu anil
Homens, armas, degredados ou dos barcos que teu ouro deu?
Foi do rei,do Sarney, homens fracos de imaginação senil?
De quem foi mãe,esse jeito de seu filho ateu?

Lutas, classes, pobres que esse homem viu
crenças falsas, esperanças, tudo mais que já aconteceu
Como pode mãe, ser tão podre esse seu filho vil?
Logo este mãe, que se orgulha de ser filho teu

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O APAGÃO DA DILMA

Foto: O Globo Legendas : @ppttaass

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Soneto do Zé Alguem

A humildade e a nobreza
Qual o real e a realeza
Seja em que medida for
Podem ter o mesmo preço
Mas jamais mesmo valor

Pão que mata a nossa fome
Iguala ao chão, mulher e homem
Mesma dor, mesmo sorrir
Mesmo odor, mesma ferida
Mesmo pó de ir e vir

Veja os seus dentes caninos
Qual a boca dos felinos
Instintivo ou racional
Quem você é afinal
Animal, mau, mau, mau!

Pra que serve tanta idéia
Animal saber falar
Se o que tanto alardeia
Mata, quebra, incendeia
Sua casa, nosso lar


Não adianta ser esnobe
Ser um deus ou mais além
Se a mão da avareza
Não prende o rio à correnteza
Nem faz alguém amar ninguém

Então veja, oh pobre homem
Ao revés da sua sorte
Saber seu fim, sua própria morte
Logo após o seu adeus
Lá no céu rever os seus

E por fim dessa peleja
Pra acabar com a falação
Olhe ao longe pra esquina
Aquele lá que te azucrina
É seu igual, é seu irmão.