segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Eu e o amanhã.

Eu e o amanhã. (Paulo de Tarso)
Eu adorava sextas feiras. Ao chegar em casa, via os móveis sobrepostos e o cheiro inexorável da limpeza. Era dia de faxina. Minha mãe, exemplar dona de casa, arrumava, com a companheira do trabalho diário, o lar, passando cera no chão, enceradeira e óleo de peroba nos móveis de madeira (jacarandá, peroba e companhia).Uma cena que aguardava com anseio todos os dias da semana.

 Na segunda, acordávamos com o sabor de um domingo aonde a música de encerramento do Fantástico e das séries que vinham logo depois (Havai 5.0, Dalas, Casal 20), tinham o sabor da mensagem de que a “festa acabou”. Hoje é dia de batente.

 Terça feira era dia de expectativa. Meio de semana, provas, testes e aventuras. Isto tudo se misturava na quarta e, na quinta, já a alegria do provir da sexta. De volta ao mundo! Thanks god , Today is Friday! Hoje vejo que a nossa referencia de tempo são as nossas expectativas.

O que faz uma semana passar mais devagar ou rápida é a espera de que algo nos aconteça em uma data futura. Se a expectativa é muita, olhe o relógio atrasando o passo! Se nem ligamos para isto, num piscar de olhos e lá se foi o dia, a semana, o ano e, à reboque, a vida.

Os nossos dias são repletos de expectativas. Pensamos em nossos filhos grandes, na faculdade. O que será da vida deles? Acertamos ou erramos? Seremos velhos sadios ou doentes? Ricos ou pobres? Solitários ou felizes? Quais foram as escolhas? Como será o amanhã? Responda quem souber! Vivendo o amanhã, perdemos a delicia do dia de hoje. Os convites às escolhas, as dores sentidas e as reflexões realizadas. Os amigos que nos acenam com flores as quais olhamos por cima, ficam para trás. O Hoje é o certo, eu já o tenho e o experimento com a minha mais profunda arrogância.

O tempo vai passando e aquilo que era um pequeno detalhe passa a ir fazendo a diferença. Estradas são seguidas, caminhos paralelos, gente que nos olha e por quem olhamos, vão ficando em suas paragens, fruto das suas escolhas. Amigos de infância casam-se, vão viver em outro país. Filhos crescem e abandonam o lar. Parentes vão ficando na estrada da vida, vitimados pela certeza do perecimento da carne. E nós? Vamos andando em nossas vidas olhando o amanhã, abandonados à própria sorte.

O convite da vida é eterno. Viva o agora! Pense em como ser feliz hoje e assim construir um caminho de felicidade para o amanhã. Não pensemos que as nossas agruras de hoje vão se transformar em rosas perfumadas pelo passar do tempo. Dores não sentidas são feridas que não saram. As cicatrizes doem enquanto abertas, mas nos acalentam com lembranças e experiências quando se fecham.

Sem querer, olhando as sextas feiras deixei de ser criança, fiquei adolescente e mudei apenas os meus anseios. O que eram móveis sobrepostos virou a espera pelos 18 anos. Depois dos 18, a formatura e, depois dela, os empregos, o sucesso, o crescimento. Hoje eu tenho 47 anos e me pergunto: e o hoje? O que eu estou fazendo? Quais as minhas expectativas para o amanhã? A resposta pronta que me vem à cabeça é...O amanhã é o reflexo do hoje e não existirá enquanto não fizermos as nossas apostas entre o nascer e o por do sol.

Quem sabe amanhã eu sinta o cheiro da cera ou a lembrança do esperado primeiro beijo. Quem sabe eu sinta a presença daqueles queridos irmãos de estrada ao meu lado, ou apenas a lembrança deles, mas o que eu preciso lembrar é que cada dia traz em si o seu sabor. Vive-los, exaurir cada sorriso dos meus filhos, cada gesto da esposa amiga, cada segundo dos meus queridos pais e amigos, cada gota dos segundos, para que caiba em mim apenas a saudade e a certeza de que nesta vida eu vivi, não havendo nenhuma expectativa maior do que esta.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Aventuras de Tonico e Lilico

Garoto chamado Tonico e outro Lilico
Brincavam de policia e ladrão
Tonico dizia que preso eu não fico
Deixava Lilico com a arma na mão

Depois de crescidos Tonico e Lilico
Mataram a saudade do tempo de outrora
Condenado Lilico foi para o lado de dentro
Libertado Tonico pelo lado de fora

Tonico limpava as calçadas da vida
Vendo aos poucos perder o que lhe pertencia
Liberdade restrita a uma vida bandida
Com uma pena menor do que lhe merecia

Lilico, cansado de tanto querer
Viu chegar pela toga um castigo exemplar
28 motivos pra se arrepender
Uma infancia perdida, sem amigos, sem lar

Tonico ligado aos amigos da lei
Tornou-se reu de um processo Formal
Livrou-se de tudo como ainda não sei
Ficha limpa na lama de uma casa imoral.

Pior do que Está não Fica!

Com este slogan, mais um candidato ao legislativo se apresenta ao eleitorado. Com a sapiencia de um humorista e a desfacatez de um bom político, ele insinua a verdade com o tom de enganar. Se posicionando como uma chacota fica a merce daqueles que, como eu, já não suportam mais ouvir os “meus irmãos e minhas irmãs”, “companheiros e companheiras”, “isto é para todos e todas (SIC)”. Por revolta, votemos no Tiririca, pois pior do que está não fica!

Tenho cumprido a minha agenda de eleitor e buscado nos programas algo de novo, de inteligente, de possivel, e confesso abobalhado de que a minha busca ainda não resultou em nenhum sucesso. Ou estou ouvindo os programas errados ou a coisa está de fato feia. Irmãos dos “Irmãos e Irmãs”, que tem nojo de apertar-lhes as mãos, falam como pobres, agem como pobres, e pensam pobremente sobre os pobres. Assim pensam se igualar aos pobres de fato conseguindo deles o seu precioso voto. Nada se fala de educação, de saúde, de segurança, temas fundamentais para o desenvolvimento de qualquer pais. Estes assuntos são tratados no genérico (SAUDE, EDUCAÇÃO), estão em todos os papeis e folders mas, em lugar nenhum, aparecem propostas concretas para mudar o que ai se encontra.

O tão falado “Bolsa Familia” é um programa que se tornou a razão de ser do brasileiro. Tem trabalhador pedindo demissão, pois ganhará mais na ociosidade do que trabalhando por um país que quer crescer. O ex-presidente Fernando Henrique predizia “Não sejamos vagabundos em um país de pobres e miseráveis”, obviamente se referindo na época aos aposentados, valendo hoje como um brado da população que pensa e que trabalha por este país.

O que os “novos brasileiros” não podem esquecer é que eles são novos porque os bancos estão cheios de dinheiro, as indústrias estão contratando mais, o comércio idem, e isto não tem o dedo do governo na forma de esmolas. É trabalho da classe empreendedora que faz acontecer. Estes novos brasileiros, agora paparicados por sua ignorancia e incapacidade de discernir entre o certo e o errado, aguardam a próxima oportunidade de receber mais um trocado de graça, como se dinheiro nacesse em árvore e de um processo de geração espontânea. Estes brasileiros não construirão um novo Brasil sem que haja mudança de comportamento, posicionamento, capacitação e atitude. Os brasileiros que hoje constroem o país, não decidem mais nada, são apenas observadores atonitos de um show de horrores.

Para completar a ladainha vem a tal da politização do Estado que, tal qual sailtre, corroe as estruturas do poder, tornando-o um gigante inchado e triste, com poucas chances de recuperação. O passado foi esquecido e a luta de classe perdeu o sentido. Os antigos combatentes do sistema hoje são cooptados por ofertas mixurucas, bem a altura dos seus anseios pessoais. Não há oposição para os desmandos e, ao contrário, a catarse coletiva com a mediocridade levará o país à estagnação,o qual,depois, ao lixo, será devolvido a outros grupos ansiosos de poder para que assim, ao virar o jogo, os que hoje babam ante ao discurso popularesco, venham às ruas protestar, brigar por mais direitos, como filmes que já assistimos no passado.

É amigo Tiririca, é por tudo isto e mais voce que eu posso afirmar: Tenha certeza que pior sempre fica!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Será que o Amor Existe ?


Desde os tempos imemoriais o amor tem sido tema e motivação para a vida de muitos de nós, seres humanos. Das violas dos boêmios às causas ecológicas, passando pelas pautas dos poetas e pelos apelos sinceros dos enamorados, ele é o combustível que nos leva, que nos conduz e que nos fortifica. Tamanho o seu significado, que palavras não são suficientes para exprimi-lo. Ao dizer, Deus é amor, estamos buscando a definição no indefinido, em mais um paradoxo típico da sua existência.
Pois então, não é que os cientistas encafifados com tamanha enormidade do tema estão buscando explicações para o inexplicável ? Os novos experimentos com a neurociência tem tentado buscar as origens deste sentimento arrebatador e com isto também explicar o por quê dele acabar ? Se achamos o ser amado, que de tão amado nos provoca dor a sua perda, por que então, de repente, ele acaba ? Por que buscamos outro amor quando tínhamos o perfeito ao nosso lado ?
Dos seus diversos tipos, temos o Amor que prende e protege e o Amor que liberta e incentiva, temos o Amor que nada quer e o Amor que tudo deseja. Então, se quem ama Liberta quem protege não Ama ? Vá dizer isto a uma amantíssima mãe! O Amor tem razões que a própria razão desconhece e isto o faz de fato um grande desafio ideológico.
Vamos começar então pelos cientistas. O que eles descobriram ? Andréas Bartels e Semir Zeki da University College, em Londres, no ano 2000 localizaram uma área no cérebro que é ativada pelo amor romântico. Eles examinaram estudantes que disseram estar muito apaixonados, fizeram ressonância magnética de seus cérebros, localizando uma pequena área muito ativada, diferente da que era ativada quando há só amizade normal. Viram, também, que esta área era diferente da ativada quando a pessoa sente outras emoções, como medo e raiva.
As regiões do cérebro ativadas pelo amor romântico são também responsáveis pela euforia induzida por drogas como a cocaína. O cérebro das pessoas apaixonadas, o estudo mostrou, não parece com o das pessoas experimentando sentimentos fortes, mas como o das que cheiram cocaína. A conclusão dos cientistas é que a paixão usa mecanismos do sistema nervoso que são ativados durante o processo de formar uma dependência química (adicção). Daí o Dr.Larry Young, pesquisador na área de ligações sociais na Emory University, em Atlanta, na Geórgia, falando das pessoas apaixonadas, disse: “Nós estamos literalmente adictos (drogados) ao amor.”
É interessante notar que nessas regiões há células neurais que se comunicam através da substância mensageira, a dopamina, e reagem de forma sensível àquilo que causa bem-estar – como alimentos saborosos, por exemplo – ou mesmo à possibilidade de experimentá-los. O fato de a paixão estar relacionada a esse “sistema de recompensa”, indica que o que estamos habituados a chamar de “sentimento” talvez seja, na verdade, um “estado de motivação” para a busca de algo – comparável à fome, que nos leva a buscar e consumir alimentos. Se pensarmos assim, o cenário fica menos romântico. Afinal, talvez não nos apaixonemos (como muitas vezes gostamos de pensar) em razão de uma trama bem engendrada do destino ou dos belos olhos do outro, de seu charme e de sua sensualidade. Sob essa óptica o encantamento se vale, antes, de mecanismos neurológicos cuja função é aplacar uma necessidade biológica. E garantir a sobrevivência da melhor forma possível.
Neste sentido, a canção “O meu vício é você” talvez relate muito mais o verdadeiro Amor do que “Eu te amo Eu te amo” escrita e cantada pelo Rei Roberto. O Amor é algo que nos aproxima, nos atrai que nos faz ficar juntos para proteger as nossas crias e que nos abandona quando o ciclo da vida se completa, nos preparando para um novo ciclo De Amor. E pasmem, este ciclo dura de 18 a 30 meses, ou seja, se após 2 anos e meio de relacionamento amoroso o seu par lhe disser que te ama, saiba que a natureza lhes foi pródiga e lhes deu mais um tempo. Outros hormônios, como a oxitocina agirão para fazer com que os pombinhos fiquem juntos por mais tempo.
Só que tudo isto é fruto da perfeição dos seres humanos. O Amor salta aos processos químicos e por ser tão grande, supera os limites impostos pelo seu criador tornando-se algo que é imaterial, concreto e sem limites. O Amor é um Paradoxo que se explica quando se sente, mas que não pode ser escrito em palavras, como aqui tento fazer. O fato é que, com hormônios ou sem hormônios, é o Amor o sentimento transformador, pleno, que é captado pelos sensíveis aptos a sentirem a sua presença e a vestirem o seu manto de humanidade e prazer.
Sim meus amigos, o Amor existe, mesmo que finito posto que é chama, mas imortal enquanto dure!” Ah! Meu poeta. Prá que cientistas, se tivemos você ?

domingo, 17 de janeiro de 2010

A Bahia é uma Mula sem Cabeça

Conhecendo os nossos conterrâneos como conheço é certo que, muito em breve, o assunto mais comentado na roda será a declaração mais do que correta e oportuna do Nizan Guanaes. Falem de mim, mas não falem das minhas tranças.
Ora, antes de analisarmos a frase do Nizan (que não é dado a falar besteiras), vamos analisar um aspecto bastante curioso a cerca do ser baiano. Somos animados, festivos, inigualáveis no receptivo, fazemos piadas de tudo (até de nós), mas quando o assunto é “o futuro da Bahia”, encontramos o primeiro tapete vermelho e escondemos tudo lá em baixo. Não é assunto para rodas de amigos, para pensadores e imprensa, o “futuro da Bahia” simplesmente não é assunto. Estamos em uma sociedade de papel onde tudo é lindo, tudo é perfeito. Temos a maior costa oceânica do Brasil, as melhores praias, somos o maior PIB do nordeste, temos a 3ª capital do país em população, os melhores músicos, o melhor e maior carnaval e uma elite política que tudo faz pela Bahia, ou seja, não temos problemas.
Ao fechar meus olhos para pensar no passado, percorro a lista de baianos ilustres: Ari Barroso, Assis Valente, Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jorge Amado, João Ubaldo, Gregório de Matos, Castro Alves, Camillo de Jesus Lima, Afrânio Peixoto, Rui Barbosa, Cezar Zama, Teodoro Sampaio, Nina Rodrigues, Pedro Calmon, Ana Nery, Anísio Teixeira, Barão de Macaúbas, Divaldo Franco, Luiz Gama, Mãe Menininha do Gantois, Irmã Dulce, Joana Angélica, Maria Quitéria e Aristides Spínola, dentro de uma interminável lista de conterrâneos fazem e se fizeram respeitar no Brasil e no mundo, aumentando ainda mais a nossa sensação ufanista de que Baiano não nasce, estréia.
Abro os meus olhos e contemplo as ruas. O que aconteceu com a Bahia ? Vejo ruas sujas, insegurança, pobreza, mediocridade, afloramento e fortalecimento de uma sub-cultura (juro que não é preconceito contra os “Vem cá ordinária!”) e o mais grave, não vejo novos baianos entrando nesta lista. Os nossos baianos ilustres estão mortos ou perto disto, sem que haja nenhuma manifestação de novos nomes que venham nos resgatar das trevas. A política da Bahia é a mais imbecil e medíocre que eu tenho nota, desde os meus primeiros comícios (há 40 anos atrás). Pseudo líderes ufanados por uma propaganda mentirosa, ardis de submundo praticados com a proficiência que beira a irracionalidade, uma juventude rebolativa ao som do “Rebolation” e uma dicotomia estúpida entre o novo e o passado. Se o passado foi ruim, o novo será bom (e nada mais). Ou seja, se o novo for igualmente ruim ou pior, estamos fritos (quanto a isto não tenho mais dúvidas).
Uma sociedade de fato se faz com líderes naturais, pessoas comprometidas com o sucesso da sociedade, com determinação, tenacidade e perspicácia. Uma sociedade em decadência se entrega aos apelos fáceis da demagogia, aos puxa sacos e a ilusão de que isto não é problema nosso. Cadê a cultura da Bahia ? Cadê a genialidade que brotava nos lares pobres como Cacau nas lavouras de Ilhéus ?. Será que fomos contaminados com algum tipo de praga que aniquilou a capacidade das baianas de gerarem lideres, sendo esta geração uma seleção mal feita de frutos podres ? Cadê as universidades ? Cadê as discussões de alto nível ? Será que os nossos formadores de opinião de massa (jornalistas, radialistas e comunicadores) trocam as migalhas ideológicas dos seus cérebros por trocados vindos dos seus ofendidos ? Onde está a nossa capacidade de revolta e indignação? Temos os piores governos de todos os tempos e já reelegemos o pior prefeito do Brasil (juro que não fui eu quem falou) e vamos reeleger o pior e mais despreparado governador do Brasil (basta olhar o que está acontecendo no nordeste) e ainda assim nada se discute ? O lixo que nos sobra a escolher é opção ? O que estamos fazendo com o nosso litoral para que cidades como Ilhéus não entrem em falência ?
Tantas perguntas e nenhuma resposta, só uma certeza. Antes de pensarmos na peruca de Bel Marques ou na sua careca, pensemos em nós, baianos e em nossa Bahia. Vamos deixar isto tudo acontecer ? ou vamos reescrever a história do nosso Estado e do nosso povo ?
Quando Francisco Pereira de Souza, após 15 anos no Brasil, abandonou a sua capitania hereditária (cuja sede se localizava nas imediações do Farol da Barra, também conhecido como Ponta do Padrão), após um ataque dos Tupinambás insuflados pelos Franceses, levou os portugueses, com medo de perder o território para os seus inimigos, a precipitarem a vinda do Governador Geral Tomé de Souza para a Bahia, em 29 de março de 1549. Surgiu a primeira capital do Brasil e o germe da nossa sociedade. Após 461 anos, fico a contemplar o mar na esperança que novas caravelas aqui aportem, trazendo bravos novos baianos, que estejam dispostos a reconstruir aqui tudo que a nossa leniência foi capaz de destruir.

sábado, 12 de dezembro de 2009

A Merda é o que a Gente Herda

Escatológicos, são meus versos soltos
Coliformes, a minha inspiração
Uniforme a minha resiliência
Fenomenal a minha aprovação

Bobagem é meu lema recorrente
Superfície é o fundo do meu mar
O meu foco é um povo inocente
Incapaz de ver, pensar e julgar

Se me julgas pela minha oratória
Ou se pensas que não sei ler ou escrever
Nada disto diminui a minha glória
Nada disto me impede de vencer

Eu sou fruto desta sua fantasia
De pensar que o Brasil é seu lugar
Só por que pensas ser da Burguesia
É exclusivo o seu direito de enganar ?

E Se eu falo que o povo está na Merda
E se afirmo que de lá irei tirar
É porque demagogia a gente herda
E seu eu sair, voce vai querer o meu lugar.